quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um estranho na minha própria casa.

Um estranho na minha própria casa. Ou a minha própria casa uma estranha para mim. Já nem reconheço este cheiro. Esta cor, que já não é a minha. O tapete que laia no lençol. Reconheço o calor da areia, o cheiro da água nos pés, o sabor do sol a ranger no mar. Mas já não oiço o mesmo... Sem ver já nem via. E sabia. Que já não sinto nem leio esta música da mesma forma. Mas ela ainda é a minha, e eu... a ela ainda pertenço.
27 de Julho de 2010