domingo, 28 de dezembro de 2014

Meniu...

8. Roupa velha aquecida em cobertor de grelos num abraço natalício de bechamel de côco envolto em solidão de nostalgia futura e batata doce.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ocean - John Butler

Porque mesmo quando o mar está bravo e tempestade se assemelha, se pode amar a ondulação.

sábado, 9 de novembro de 2013

Meniu...

7. Rissotto com cogumelos: Ode do Grelo ao Queijo, temperado de parmesão ralado e o-meu-coração de noz.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Meniu...

6. Peito de pato ardente com salada balsâmica de rúcula, laranja e malagueta-teu-coração, acompanhados de arroz de pinhão e abraços.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Resignação?


"Será que um homem consciente
pode ter qualquer respeito por si mesmo?"
F. Dostoiévski

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Hoje sinto-me assim.



"Nunca voltes ao lugar
Onde já foste feliz
Por muito que o coração diga
Não faças o que ele diz

Nunca mais voltes à casa
Onde ardeste de paixão
Só encontrarás erva rasa
Por entre as lajes do chão

Nada do que por lá vires
Será como no passado
Não queiras reacender
Um lume já apagado

São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez

Por grande a tentação
Que te crie a saudade
Não mates a recordação
Que lembra a felicidade

Nunca voltes ao lugar
Onde o arco-íris se pôs
Só encontrarás a cinza
Que dá na garganta nós

São as regras da sensatez
Vais sair a dizer que desta é de vez"


Carlos Tê, Rui Veloso, «As Regras da Sensatez»

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ele Em Nós

Uma das coisas mais difíceis de fazer é admitir os nossos erros no outro. Parece-me ser, de facto, bem mais fácil assumirmos as virtudes do outro em nós.

quinta-feira, 10 de março de 2011

As boas - e as más.

"Todas as experiências são equivalentes, convém somente adquirir a maior quantidade possível delas."

Satre, prefácio de "O Estrangeiro".

terça-feira, 8 de março de 2011

«O Estrangeiro»

"Um homem é mais um homem pelas coisas que cala que pelas coisas que diz."

A. Camus

A Small Small Young Little Girl - Part One



Once upon a time, there was a very small girl with a very special heart – just as should be the princess of a fairy tale. She was very very young, younger then herself, but very very old nonetheless. Not old like an old roof which tiles are falling apart and the rain is already getting inside, but mature. She used to live with her parents and even smaller brother, on a small small house next to a very small village.

People used to call her Lya. This young small girl had beautiful brown hair, as long as her back. Her eyes were of the same peaceful brown as her long long curly hair and her little cheeks were always colorful pink. “She will always have the body of a porcelain doll”, mummy used to say.

Lya live happily with her family in this small house near some small small village in the country side. Her days were spent around the garden or the forest, listening to the birds, reading to the cats, helping mom and dad or swimming and playing with her even smaller brother in a not so smaller lake. And that was all she knew for no one knows how long.

As was said before, although Lya was very small and young, she was a lady of grander way of thinking. She had the routine of watching tv with her parents and she was a movie lover.  But music was her higher passion. With nobody’s help, Lya learned to play an old Harpa she found in the barn when she was so small she cannot even remember. And small Lya loved to play it for hours, especially for her even smaller brother.

But there was one little thing Lya couldn´t understand. Something that was bothering her more and more, as she was becoming less young (although she was still so small). Lya never understood the meaning of the word «love». Mummy used to say to them, that she loves them like nothing in the world. Also to dad, love promises that would last until the day she would die. Also in the movies, in particular in some dramas she sometimes saw at sundays night. Finally, music – always with lyrics about that small small word.

One time however, small Lya was sleeping in her small small bed on her small tight room and she had a very very bad nightmare. In this nightmare, Lya found herself very very old. Old like the old wooden garden bank, half broken, half stable, that no one dares to sit on, unless it’s to destroy. In her dream, she was surrounded by lots and lots of faces she had never saw before. She couldn’t recognize their shapes. This persons surrounding Lya, in her dream, were always trying to speak with her. But Lya couldn’t answer; she was not being capable of understanding the meaning of their words. In her dream, she could not also recognize the place where she was, or the colors everywhere around. Nothing was small anymore, she felt and understood. And when Lya tried to play the Harpa, in her dream, no sound was coming from it any longer.

When Lya suddenly woke up, she knew that a journey had to start.


(continues...)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Szabadság?

Once upon a time there was a young girl looking trough the Budapest's mountains.
She was far away of her country, but she was feeling at home. She was able to understand that she can keep in her heart everything she loves.

At that day, she looked above and she thought that she couldn't be more happier.

She was there.

She was not free, but she knew how to enjoy freedom.
She was not able to love yet, but she was in love.
She was not feeling alone, even when she was.
She could see every time the beauty in the world, although its ugliness.
She was wrong, but she knew what is right inside herself.
She could scream, she chose to sing.

She was there, and she was here.



Now she is here, and she doesn't know anything anymore.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

As Palavras Que Sempre Te Direi__#8

"Eu bem te avisei que não te metesses nisso. Agora que te meteste, faz isso bem". Ele, 2010. Trabalho de campo.

Evolução? Ainda não percebeste nada.

Ora... E a estória começa assim... Primeiro, "as coisas correram mal". "Não correu bem!" Aliás... Aquilo até ia que bem, mas dás contigo e percebes que «não vai náda bein». Idealizas, constrois, imaginas mais... E dás contigo e percebes que estás a destruir. Algo que costumava ser "bom". "Bom que foi". "Já não é mais". Isto é: segunda fase: "não correu bem porque eu errei". "Eu ajudei a que esta «descontrução» fosse possível" Basicamente... "Eu deixei permitir que esta merda desse p'ó torto". Pensamento válido? "Se eu tivesse feito as coisas de outra forma..." Fase seguinte: "Mas porque reagi eu assim?" "O que me fez gerar comportamento desta forma e não de outra?" "Porque me tornei eu nesta pessoa, assim?" "Não quero ser assim!" Mais: "O que precedeu esta minha forma de agir, tão pouco correcta como a encaro agora? Ou seja... "O que posso fazer eu [pergunto] para evitar que surja o que me faz ser desta forma com a qual eu não me quero rever?" "Com a qual não concordo? Não gosto?" "Com esta forma de agir que considero um erro?" "Se há algo que me faz errar, o que é? É previsível?" "O que posso fazer eu para evitar fazer merda?" ou "O que posso fazer eu para evitar que me torne numa merda?" "Como vou eu fazer para impedir que volte a errar?" É que já errei tanta vez, e ainda não percebi porque continuo a fazer o mesmo. Porquê, afinal?

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tu, Eu e Os Outros

O mundo não é representado por imagens. A fotografia, a pintura, o desenho... Por videos, desejos, projectos do que quer que seja. Instalações, apresentações, representações. O mundo somo nózes. Sou eu e tu. Sou eu e tudo. Sou eu e a forma como construo o meu mundo. Sou eu e o meu mundo. E sou o que faço dele.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

«Cadernos do Subterrâneo», p.34

(...) "Mas qual o remédio, se o destino directo e único de qualquer pessoa inteligente é tagarelar, ou seja, chover no molhado?"

F. Dostoyevsky

domingo, 8 de agosto de 2010

meniu...

5. Gelado de doce chocolate em Palatsinta com uma flor de teu-beijo-massapan.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um estranho na minha própria casa.

Um estranho na minha própria casa. Ou a minha própria casa uma estranha para mim. Já nem reconheço este cheiro. Esta cor, que já não é a minha. O tapete que laia no lençol. Reconheço o calor da areia, o cheiro da água nos pés, o sabor do sol a ranger no mar. Mas já não oiço o mesmo... Sem ver já nem via. E sabia. Que já não sinto nem leio esta música da mesma forma. Mas ela ainda é a minha, e eu... a ela ainda pertenço.
27 de Julho de 2010

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Vai e Volta

Tudo aquilo que eu poderia desejar dificilmente seria suficiente para ultrapassar tudo aquilo que eu já tenho.
22 de Fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Peggy Lee

http://www.youtube.com/watch?v=EYxoAJ3Boyc "Never know how much i love you never know how much i care when you put your arms around me I give you fever that's so hard to bare you give me fever when you kiss me fever when you hold me tight Fever In the morning Fever all through the night Sun lights up the day time moon lights up the night I light up when you call my name and you know i'm gonna treat you right you give me fever when you kiss me fever when you hold me tight Fever In the morning Fever all through the night Everybodies got the fever That is somethin you all know Fever is'nt such a new thing Fever start long ago Romeo love Juliet Juliet she felt the same When he put his arms around her He said Julie baby your my flame Now give me fever When were kissin Fever with that flame in you Fever I'm a fire Fever yeah i burn for you Captain smith and pocahontas had a very mad affair When her daddy tried to kill him She said daddy oh don't you dare He gives me fever With his kisses fever when he holds me tight Fever I'm his misses Daddy won't you treat him right Now you listened to my story Here's the point that i have made Chicks were born to give you fever Be it fair and have a sense of game They give you fever when you kiss them Fever if you really learned Fever Till you sizzlen But what a lovely way to burn But what a lovely way to burn But what a lovely way to burn But what a lovely way to burn..."

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Porque tu sentes a reciprocidade...

Há daqueles dias.. em que tu nem queres pensar em querer, com medo - «porque pode correr mal». E depois recon_sideras: "E se corre bem?!" Pior.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

meniu...

4. Salteado colorido de bacalhau e vegetais da época com a-migas de broa de milho, acompanhados cuidadosamente de saladinha de castanha e tomate em cubos.

On the Feb 03, 2006, she wrote...

Na verdade, queria mesmo era dizer-te que morro de saudades tuas e de desejo de estar contigo... Dizer-te que sim, que é verdade que não te esqueci, que sonho contigo todas as noites, que dentro de mim ainda não morreste e que, não, não consigo continuar bem assim, sem ti... Que sim, sim (!) lamento-me de te ter perdido e que só espero que não seja para sempre... Sinto a tua falta...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Lua, luar...

"Quando damos mais valor a tudo, tudo o resto tem ainda mais valor." Euzinha, a 22 de Fevereiro de 2010.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Na noite mais escura da alma são sempre três da manhã...

(...) "O médico lembrou-se de uma frase de Scott Fitzgerald, tripulante aflito do barco em que seguiam, deixado em terra numa viagem anterior, de coração exausto alimentado pelo oxigénio amargo do álcool: na noite mais escura da alma são sempre três horas da manhã. (...) só há saída pelo fundo e talvez que amparando-nos mutuamente lá cheguemos, cegos de Brueghel a tactear, tu e eu, por este corredor cheio de medos de infância e dos lobos que povoam a insónia de ameaças." (...)

A. Lobo Antunes, «Memórias de Elefante», 1984

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

meniu...

3. Bifes de atum com molho branco de ervas aromáticas, embrulhado num doce abraço de massa filó e mimado em seu redor por vegetais salteados.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Too Drunk...

(...) "I'm about to drop My head's a mess The only salvation is I'll never see you again You give me head It makes it worse Take out your fuckin' retainer Put it in your purse I'm too drunk to fuck You're to drunk to fuck Too drunk to fuck It's all I need right now Oh baby" (...)
Nouvelle Vague (Jello Biafra) Too Drunk to Fuck

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Berlin...What about now?

December the first, 2009 The end of the month just ended. Ended. I still don’t know if it ended a month ago, a week, or even yesterday, just ended. What am I now? A person who I’ve met? A colleague? A friend? A lover? The girl? The woman that … Just don’t know. But... as as many years ago, for once I would just like to say “I love you” (or just “I like you”) with some meaning, some effort, some significance for each other, for each one of us, for me and for you. Would you understand me? Of course… you don’t. But I will. I always will. And every day I still think about you. You know. I have the will.

Berlin_III

November 25th 2009 The organizations aims? Their philosophy? How thus it fits (or not) with your sense of self?…

Berlin_II

November 23rd 2009 Still in Berlin. The training course has finish and now I am staying in some house in the centre. Of course, I had this proposition from a participant in the training, that lives here. Actually, I’ve even got the delight of choosing with whom I wanted to stay. This is, indeed, one of the things that I’ve value the most while I’m staying – people here just fell the need to receive well others. I think -in part- because they already accepted has a fact that you also will gain with that – in a self construction way. Anyway, I am being very very well welcome! I am getting to start to gain some real knowledge about German’s culture and, for example, the impact of their historical issues in their ways of living it’s astonishing. The divisions between the two parts and the burden they carry on about the both world wars and the Jewish massacre still makes a difference. Perceiving that it’s being very useful for me. At the same time, it helped me focusing more on the positive aspects of this matter. This training course really was successful in this point. And, particularly, getter engaged with the people from everywhere, especially Turkey and their practices and costumes’ and thinking’s actually illustrated what we all already knew: we are so different and so similar at the same time. We are humans, rather you liked it or not. So… Why do we – humans – are so delightful in our job of ending with our own specie? And also, why do we insist on doing it knowing that we are doing it? And not just doing it, but doing it in the most painful and slowly way we can. To suffer just a little bit more – because what I’ve done already it’s not enough? There are so many simple ways of promoting development in general, well being, self-construction, “desconstruction” and “anosher many osher shings”… I should remind you that the theme of this course was Human Rights and to empower young people as active citizens of Europe. But who really wants that? Is this empowerment real? Who promotes it? What is the under aim? Do I fell that my beliefs fit in this reality scene? Does anyone know? ...

Berlin_I

November 17 Well... For the first time, I had the time to write my thoughts in BErlin. I've been here for 3 days now, and I can certainly say: this is being one of the most addition experiences in my life. Although I know that it mostly happens because -now- have the openness and some wisdom to feel like, today I left the hostel and went to the centre of the city.In fact, I am loving the training course and I am learning a lot about what I want to do (how can I be a better community psychologist). I also wanted to experience the life in Berlin. So, we went to STUDIO 54 and… What can I say… It is really amassing. The original Studio 54 was an old building that (I think) used to be like a cover for the homeless young people. Now a days, it shelter every kind of artists that want to do exhibits and sells some of their work. Also, this one have like 3 or 4 bars and we had the opportunity to see an alive concert with a contra-bass, a girl singing and a boy that sing while he was playing the guitar – he has an excellent voice, actually, and plays very softly but meanfully like he was some tip of mixture between Ben Harper and Eddie Vedder. The walls are covered with innumerous drawings and all kinds of paintings. Finally, in the exterior we saw an iron exhibit (or bronze, I don’t know) and I bought a painting from some French guy. I’ve being here in this city only for so little time but I can clearly noticed that people here are very open minded and accept the difference with so much sensibility, at least probably more than in Portugal, and easily they will ear and help you – I don´t have a bad thing to say about the Germans. Well, all this means, in fact, that – and I would never imagine that that could be possible until maybe one month ago – I’m starting to feel that I could really live here for some months. There is a world of culture and people and art that everyone should try to know at some point of their life… this is the time to.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi__#7

"(...) O desejo a fitar o desejoso pela ombreira da porta com um desmandibular de gargalhadas incessante. (...)" Anónimo que só eu conheço, 2009 (adoro-te aos bocadinhos, e por inteiro então...)

Amizade é isto. Também.

(...) "Eu minto e ela sabe que eu minto e que eu sei que ela sabe que eu minto e aceita isso sem zanga nem sarcasmo, verificou o médico. De longe em longe cabe-nos a sorte de topar com uma pessoa assim, que gosta de nós não apesar dos nossos defeitos mas com eles, num amor simultaneamente desapiedado e fraternal, pureza de cristal de rocha, aurora de maio, vermelho de Velasquez." (...)

A. Lobo Antunes, «Memórias de Elefante», 1984

Tenho saudades de te ter mais perto mais vezes. O que vale é que te oiço no carro.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

meniu...

2. Salada de alface e canónigos com beringela e maçã verde grelhadas, cobertas de um sublime fio de doce de caricias.

Love myself for having you...

"... But, feelin' good was easy, Lord, when he sang the blues Hey, feelin' good was good enough for me, Mm-hmm ..."

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

meniu...

1. Espetadinhas de perú agridoce serpenteadas em mel e acompanhadas de soufflé de espinafres com um ligeiro toque de Nós.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Partilha

... E porque não me segues tu assim, acossador cego e fiel, pela esperança do que irias receber. E tanto mais te viria a oferecer... bem mais até o que um dia seria o desejo de muito me quereres devolver. .

terça-feira, 27 de outubro de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi__#6

"Freedom's just another word for nothin' left to lose..." Janis Joplin, 1971

domingo, 25 de outubro de 2009

Sai-te da boca p'ra fora

Durante muito tempo e até há muito pouco tempo atrás, sempre defendi a Sinceridade. "Odeio que me mintam", citava eu o harmonioso cliché, "é a pior coisa que me podem fazer". A Mentira é, de facto, algo muito feio. É um conceito entendido como sinónimo de engano, falsidade, intrujice, ilusão, simulação. Trata-se pois, à partida, de uma persuasão enganosa deliberada, uma fabulação propositadamente construída com um simples intuito - levar o outro a acreditar em alguma realidade que não a verdadeira. Bom. Pressupõe, pois, uma intenção, e esta é a palavra chave. Magoar, será a que, de alguma forma, se encontrará implícita. A Mentira ronda, não obstante, os nossos dias almejando ser, não raras vezes, uma forma de evitar a mágoa desse outro. Adorei te ver. Fica-te bem. Foi um óptimo concerto. Por vezes surge de uma forma mais dissimulada. Prazer. Não te fica mal. Foi giro. Caricatamente e de uma forma nada antagonista, há quem defenda também que, por vezes, a verdade oculta uma maior mentira, ou engano - digo a verdade porque sou uma pessoa honesta, vertical, nem que tal te lacere vagarosamente as vísceras - ou - digo a verdade porque não quero guardar comigo a responsabilidade da mentira. Que intenção está, então, subjugada a cada "mentira"? Existe ainda a Mentira Verdadeira. Essa é prodigiosa e está em todos nós. É a mentira de quem conta a realidade de uma forma diferente, não porque quer enganar, nem sequer porque mente a si próprio, mas porque simplesmente vê essa tal dita realidade cabalmente de uma forma diferente de mim. E essa é um logro contudente, incessante e inocente. Porque cada um de nós vê e sente, efectivamente, a realidade de uma forma ideossincrática, única e singular. A interpretação é um processo que só a cada um de nós diz respeito e a cada um de nós fará o devido sentido. Amo-te. Nunca fui tão feliz mas não te quero magoar. Sei que me estás a enganar. Sei que eu é que tenho razão. O que é a Sinceridade? Descobri, assim, um novo conceito que me inspira e surpreende nas pessoas mais e mais a cada dia que passa. O Ser Espontâneo. Irritas-me. Estás-me a provocar. Gosto de ti.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Crónicas de Um Viajante... pela vidas dos outros #3

No Contry for Old Men (Cohen's) ...
"A sessão de 25 de Fevereiro [Sessão 6] foi dedicada à reestruturação cognitiva sobre a Morte e aos medos com ela relacionados. Assim, procurou-se incentivar a menor a colocar as suas dúvidas e a questionar algumas das crenças que lhe haviam sido transmitidas (tais como pessoas mortas poderem mover objectos). A esta altura do acompanhamento, verificou-se que já não existiam sintomas significativos de ansiedade de separação, embora ainda perpetuasse a necessidade de se trabalhar a autonomia e processo de individuação de D. Não obstante, a mãe referiu que D. andava mais “refilona e respondona” o que, apesar de serem comportamentos a extinguir, reflectiu já uma evolução no processo de construção da sua própria identidade enquanto pessoa diferente da mãe. Perspectivando-se, nas próximas sessões, trabalhar já a questão dos medos face à morte como parte do processo de prevenção de recaída, esta sessão incluiu ainda um momento de avaliação formal para o despiste de outras áreas problemáticas, com recurso à prova Teste perceptivo de Roberts para Crianças, sobre o qual a jovem aderiu bastante bem."
..., 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi__#5

"A minha Mãe sempre me disse: quando estiveres entre duas meninas bonitas, deves pedir um desejo!" J. B-day, 25th july, 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vazio...

... Chove muito lá fora. Mais ainda na minha mente. Somam-se os dias que resmungo por nada ter que fazer. Pois não foi isso que desejei? Bom... durante uns tempos. A verdade é que agora voltei e, sem saber se estou para ficar, regressei. "Não tenho nada para fazer", queixo-me repetidamente. Porque não... ler? Porque não... escrever? Serei eu assim tão adepta do vazio? Parece por vezes, até, que deixei de sonhar. Terei eu, então, medo... da realidade que se apronta à minha frente? Ou da proximidade de uma inexistência do irreal, tal forma fugi eu dele (do sonho) como se a desilusão fosse um tumor que ao me assolapar novamente me pudesse... acabar por destruir. Mas digo-te eu própria tanta vez... Não é por evitar sofrer que sofremos menos. E continuo a não duvidar de tal dito. Mas toma-se o dito por mais que dito e esqueci algo... Que não evitar não amar para não sofrer, por si só, não é suficiente para amar. ...

domingo, 20 de setembro de 2009

Ruafahelha...

Porque te vais lembrar deste dia para sempre. Este é aquele aniversário que recordarás eternamente com imensa saudade. Aquele, naquela data especial, que merece ser comemorado. Vinte no vinte do nove do nove. Nove. Aquele em que, sem quereres, começaste a comemorar dois dias antes e só terminarás dois dias depois. Aquele que seguiu aquele verão em que saboreaste a vida. Aquele em que percebeste que nenhum sabor é sentido duas vezes. Alive. Happier? Couldn´t be happier right now. Aquele da fogueira e do museu e da casa. Aquele em que juntaste queridos amigos, antigos amigos, novos amigos, amigos do coração, amigos de amigos de alguém e amigos. Aquele em que dançaste e viste dançar, cantaste e ouviste tocar, encheste o balão e voltaste a sorrir. Aquele que foi o mais colorido. Oh, Happy Day. Aquele em que jantaste "ah grande" e a sobremesa era especial. Aquele em que juntaste pretos e brancos numa mesa comprida e brindaste com carinho: A Nós, Ao Amor, À Vida. Este foi aquele aniversário em que gostaste de ti e todos gostámos de nós e de todos. Aquele... Aquele que irá fazer com que aniversários menos felizes não importem. 20 de Setembro de 2009 *** Adoro-te * R

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Alive

O problema é das expectativas. Em relação à vida, em relação às experiências, em relação aos dias, enfim, em relação à sorte. Esperamos uma coisa e vem outra. E tempos depois, vem o que desejámos e já não o queremos. Préga-nos, pois, partidas... o tempo. Mas no fim são as mesmas pessoas, as que por nós vão cruzando. E num não-sei-como intermitente, vão ficando... ficando... e fazem-nos felizes com os mais pequenos gestos... Mesmo no meio de tanta inerente desilusão... O sorriso que causa... Alive. Ontem. Hoje. E Amanhã.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi___#4

"De uma forma ou de outra, elas comigo têm sempre prazer." O Negativista, 2009

Crónicas de um Viajante... pela vida dos outros #2

...
"Característico de uma Perturbação da Personalidade, A. é uma pessoa que revela uma clara dificuldade em lidar com a frustração ou com determinados comportamentos e atitudes por parte de outros, sobre os quais, aliás, infere. (...) Estes padrões tendem a ser mantidos por auto-reforço, através de erros de processamento da informação, tais como abstracção selectiva (só repara em aspectos negativos), inferências arbitrárias sobre comportamentos de outras pessoas ou pensamento dicotómico a nível dos seus relacionamentos interpessoais. Apesar de este padrão de funcionamento interpessoal, caracterizado por uma interpretação muito própria da realidade relacionada com a sua necessidade de estar no centro das atenções, estar à partida presente desde cedo na sua vida, o despoletar das dificuldades dá-se numa altura em que A. é confrontada com questões que desconhecia e para as quais não oferece resolução imediata, como seria habitual. (...) Perante situações de frustração, A. tende, então, a responder de forma muito agressiva e desajustada, o que, ao acabar por afastar as pessoas de si, vem confirmar o esquema de que todos acabarão por a abandonar, por um mecanismo de reforço negativo. Assim, A. perpetua algum evitamento emocional, no sentido em que deixou de tentar desenvolver grandes relações de amizade, uma vez que antecipa a sua perda. Perante situações em que os outros não cumpram com as suas expectativas, A. reage ofensivamente, sentindo tudo o que vai contra o seu eu como um ataque, espelhando padrões rígidos de interpretação e percepção de si própria, dos outros e dos acontecimentos, de uma forma estável e egossintónica, funcionando as distorções cognitivas habitualmente presentes como mecanismo de reforço destes comportamentos disfuncionais."
..., 2009

domingo, 2 de agosto de 2009

My Purple Van

A Van. A purple Van. It has a stove, oven included, and a dish washer aside. A one and a half person mattress and 4 small cupboars. You can take a little table off, just as you can do with part of the roof. And you have the mp3 - alright. Two bag beds and the rose beach towel. The peace and love and the The Doors's CD Or an old disco player from your mom.. The sea. The sand. The waves. Moonlight. Full. The stars... The ocean's teaste in your lips. And the candles. A red, a litle white one and a blue. Singing. "Solteiro" or together... Right by side with your old black dog. To remeber "Stoned: «com a mocan»", zwei August zweitausendneun.

As Palavras Que Sempre Te Direi___#3

"Xau adeus até manhã foi ah fartazana." M. H. august dois n d, 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi___#2

"Temos tanta sorte na vida." Foz Alive 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Crónicas de um Viajante... pela vida dos outros #1

...
"X. pode ser caracterizado como alguém que evidencia francas dificuldades em conseguir colocar-se no lugar do outro, estando claramente implícito nas suas afirmações o desejo de que todos pensem da mesma forma que ele, que transpareçam exactamente os mesmo valores e que actuem segundo aquilo que acredita achar que é a sua maneira de agir (“e você vai-me dar razão”; “que eu se vir que estou errado sou capaz de pedir desculpa”), nunca conseguindo perdoar quem o magoa "porque eu não esqueço, mesmo coisas que se passaram há 20 anos, eu não esqueço”. (...) A aparente existência de padrões familiares rígidos de relação e de expressão das emoções, mais fechados, de reduzida partilha e pouco funcionais, parece ter, efectivamente, dificultado o desenvolvimento de competências emocionais, de comunicação e de resolução de problemas mais adaptativas, que lhe permitissem a apreensão, durante a sua vivência, de capacidades de adequação das respostas emocionais. (...) De facto, X. é uma pessoa que, como ele próprio assume, «vive muito as coisas», revelando uma clara dificuldade em lidar com a frustração ou com comportamentos e atitudes por parte de outros que o magoam ou que, simplesmente, considera como errados. É, pois, clara a perpetuação de padrões duradouros de interpretação de si próprio, dos outros e da realidade muitas vezes incongruentes e notavelmente invalidantes ao nível da construção dos seus relacionamentos interpessoais."
..., 2009

Aviso

Dá-se aconselhamento tipo Maria via web. Alguma coisa tenho que fazer... Isso ou continuo na área do cattering.