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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Crónicas de Um Viajante... pela vidas dos outros #3

No Contry for Old Men (Cohen's) ...
"A sessão de 25 de Fevereiro [Sessão 6] foi dedicada à reestruturação cognitiva sobre a Morte e aos medos com ela relacionados. Assim, procurou-se incentivar a menor a colocar as suas dúvidas e a questionar algumas das crenças que lhe haviam sido transmitidas (tais como pessoas mortas poderem mover objectos). A esta altura do acompanhamento, verificou-se que já não existiam sintomas significativos de ansiedade de separação, embora ainda perpetuasse a necessidade de se trabalhar a autonomia e processo de individuação de D. Não obstante, a mãe referiu que D. andava mais “refilona e respondona” o que, apesar de serem comportamentos a extinguir, reflectiu já uma evolução no processo de construção da sua própria identidade enquanto pessoa diferente da mãe. Perspectivando-se, nas próximas sessões, trabalhar já a questão dos medos face à morte como parte do processo de prevenção de recaída, esta sessão incluiu ainda um momento de avaliação formal para o despiste de outras áreas problemáticas, com recurso à prova Teste perceptivo de Roberts para Crianças, sobre o qual a jovem aderiu bastante bem."
..., 2009

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Crónicas de um Viajante... pela vida dos outros #2

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"Característico de uma Perturbação da Personalidade, A. é uma pessoa que revela uma clara dificuldade em lidar com a frustração ou com determinados comportamentos e atitudes por parte de outros, sobre os quais, aliás, infere. (...) Estes padrões tendem a ser mantidos por auto-reforço, através de erros de processamento da informação, tais como abstracção selectiva (só repara em aspectos negativos), inferências arbitrárias sobre comportamentos de outras pessoas ou pensamento dicotómico a nível dos seus relacionamentos interpessoais. Apesar de este padrão de funcionamento interpessoal, caracterizado por uma interpretação muito própria da realidade relacionada com a sua necessidade de estar no centro das atenções, estar à partida presente desde cedo na sua vida, o despoletar das dificuldades dá-se numa altura em que A. é confrontada com questões que desconhecia e para as quais não oferece resolução imediata, como seria habitual. (...) Perante situações de frustração, A. tende, então, a responder de forma muito agressiva e desajustada, o que, ao acabar por afastar as pessoas de si, vem confirmar o esquema de que todos acabarão por a abandonar, por um mecanismo de reforço negativo. Assim, A. perpetua algum evitamento emocional, no sentido em que deixou de tentar desenvolver grandes relações de amizade, uma vez que antecipa a sua perda. Perante situações em que os outros não cumpram com as suas expectativas, A. reage ofensivamente, sentindo tudo o que vai contra o seu eu como um ataque, espelhando padrões rígidos de interpretação e percepção de si própria, dos outros e dos acontecimentos, de uma forma estável e egossintónica, funcionando as distorções cognitivas habitualmente presentes como mecanismo de reforço destes comportamentos disfuncionais."
..., 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Crónicas de um Viajante... pela vida dos outros #1

...
"X. pode ser caracterizado como alguém que evidencia francas dificuldades em conseguir colocar-se no lugar do outro, estando claramente implícito nas suas afirmações o desejo de que todos pensem da mesma forma que ele, que transpareçam exactamente os mesmo valores e que actuem segundo aquilo que acredita achar que é a sua maneira de agir (“e você vai-me dar razão”; “que eu se vir que estou errado sou capaz de pedir desculpa”), nunca conseguindo perdoar quem o magoa "porque eu não esqueço, mesmo coisas que se passaram há 20 anos, eu não esqueço”. (...) A aparente existência de padrões familiares rígidos de relação e de expressão das emoções, mais fechados, de reduzida partilha e pouco funcionais, parece ter, efectivamente, dificultado o desenvolvimento de competências emocionais, de comunicação e de resolução de problemas mais adaptativas, que lhe permitissem a apreensão, durante a sua vivência, de capacidades de adequação das respostas emocionais. (...) De facto, X. é uma pessoa que, como ele próprio assume, «vive muito as coisas», revelando uma clara dificuldade em lidar com a frustração ou com comportamentos e atitudes por parte de outros que o magoam ou que, simplesmente, considera como errados. É, pois, clara a perpetuação de padrões duradouros de interpretação de si próprio, dos outros e da realidade muitas vezes incongruentes e notavelmente invalidantes ao nível da construção dos seus relacionamentos interpessoais."
..., 2009

Aviso

Dá-se aconselhamento tipo Maria via web. Alguma coisa tenho que fazer... Isso ou continuo na área do cattering.