(...) "Eu minto e ela sabe que eu minto e que eu sei que ela sabe que eu minto e aceita isso sem zanga nem sarcasmo, verificou o médico. De longe em longe cabe-nos a sorte de topar com uma pessoa assim, que gosta de nós não apesar dos nossos defeitos mas com eles, num amor simultaneamente desapiedado e fraternal, pureza de cristal de rocha, aurora de maio, vermelho de Velasquez." (...)
A. Lobo Antunes, «Memórias de Elefante», 1984
Tenho saudades de te ter mais perto mais vezes. O que vale é que te oiço no carro.