sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Partilha

... E porque não me segues tu assim, acossador cego e fiel, pela esperança do que irias receber. E tanto mais te viria a oferecer... bem mais até o que um dia seria o desejo de muito me quereres devolver. .

terça-feira, 27 de outubro de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi__#6

"Freedom's just another word for nothin' left to lose..." Janis Joplin, 1971

domingo, 25 de outubro de 2009

Sai-te da boca p'ra fora

Durante muito tempo e até há muito pouco tempo atrás, sempre defendi a Sinceridade. "Odeio que me mintam", citava eu o harmonioso cliché, "é a pior coisa que me podem fazer". A Mentira é, de facto, algo muito feio. É um conceito entendido como sinónimo de engano, falsidade, intrujice, ilusão, simulação. Trata-se pois, à partida, de uma persuasão enganosa deliberada, uma fabulação propositadamente construída com um simples intuito - levar o outro a acreditar em alguma realidade que não a verdadeira. Bom. Pressupõe, pois, uma intenção, e esta é a palavra chave. Magoar, será a que, de alguma forma, se encontrará implícita. A Mentira ronda, não obstante, os nossos dias almejando ser, não raras vezes, uma forma de evitar a mágoa desse outro. Adorei te ver. Fica-te bem. Foi um óptimo concerto. Por vezes surge de uma forma mais dissimulada. Prazer. Não te fica mal. Foi giro. Caricatamente e de uma forma nada antagonista, há quem defenda também que, por vezes, a verdade oculta uma maior mentira, ou engano - digo a verdade porque sou uma pessoa honesta, vertical, nem que tal te lacere vagarosamente as vísceras - ou - digo a verdade porque não quero guardar comigo a responsabilidade da mentira. Que intenção está, então, subjugada a cada "mentira"? Existe ainda a Mentira Verdadeira. Essa é prodigiosa e está em todos nós. É a mentira de quem conta a realidade de uma forma diferente, não porque quer enganar, nem sequer porque mente a si próprio, mas porque simplesmente vê essa tal dita realidade cabalmente de uma forma diferente de mim. E essa é um logro contudente, incessante e inocente. Porque cada um de nós vê e sente, efectivamente, a realidade de uma forma ideossincrática, única e singular. A interpretação é um processo que só a cada um de nós diz respeito e a cada um de nós fará o devido sentido. Amo-te. Nunca fui tão feliz mas não te quero magoar. Sei que me estás a enganar. Sei que eu é que tenho razão. O que é a Sinceridade? Descobri, assim, um novo conceito que me inspira e surpreende nas pessoas mais e mais a cada dia que passa. O Ser Espontâneo. Irritas-me. Estás-me a provocar. Gosto de ti.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Crónicas de Um Viajante... pela vidas dos outros #3

No Contry for Old Men (Cohen's) ...
"A sessão de 25 de Fevereiro [Sessão 6] foi dedicada à reestruturação cognitiva sobre a Morte e aos medos com ela relacionados. Assim, procurou-se incentivar a menor a colocar as suas dúvidas e a questionar algumas das crenças que lhe haviam sido transmitidas (tais como pessoas mortas poderem mover objectos). A esta altura do acompanhamento, verificou-se que já não existiam sintomas significativos de ansiedade de separação, embora ainda perpetuasse a necessidade de se trabalhar a autonomia e processo de individuação de D. Não obstante, a mãe referiu que D. andava mais “refilona e respondona” o que, apesar de serem comportamentos a extinguir, reflectiu já uma evolução no processo de construção da sua própria identidade enquanto pessoa diferente da mãe. Perspectivando-se, nas próximas sessões, trabalhar já a questão dos medos face à morte como parte do processo de prevenção de recaída, esta sessão incluiu ainda um momento de avaliação formal para o despiste de outras áreas problemáticas, com recurso à prova Teste perceptivo de Roberts para Crianças, sobre o qual a jovem aderiu bastante bem."
..., 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi__#5

"A minha Mãe sempre me disse: quando estiveres entre duas meninas bonitas, deves pedir um desejo!" J. B-day, 25th july, 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vazio...

... Chove muito lá fora. Mais ainda na minha mente. Somam-se os dias que resmungo por nada ter que fazer. Pois não foi isso que desejei? Bom... durante uns tempos. A verdade é que agora voltei e, sem saber se estou para ficar, regressei. "Não tenho nada para fazer", queixo-me repetidamente. Porque não... ler? Porque não... escrever? Serei eu assim tão adepta do vazio? Parece por vezes, até, que deixei de sonhar. Terei eu, então, medo... da realidade que se apronta à minha frente? Ou da proximidade de uma inexistência do irreal, tal forma fugi eu dele (do sonho) como se a desilusão fosse um tumor que ao me assolapar novamente me pudesse... acabar por destruir. Mas digo-te eu própria tanta vez... Não é por evitar sofrer que sofremos menos. E continuo a não duvidar de tal dito. Mas toma-se o dito por mais que dito e esqueci algo... Que não evitar não amar para não sofrer, por si só, não é suficiente para amar. ...

domingo, 20 de setembro de 2009

Ruafahelha...

Porque te vais lembrar deste dia para sempre. Este é aquele aniversário que recordarás eternamente com imensa saudade. Aquele, naquela data especial, que merece ser comemorado. Vinte no vinte do nove do nove. Nove. Aquele em que, sem quereres, começaste a comemorar dois dias antes e só terminarás dois dias depois. Aquele que seguiu aquele verão em que saboreaste a vida. Aquele em que percebeste que nenhum sabor é sentido duas vezes. Alive. Happier? Couldn´t be happier right now. Aquele da fogueira e do museu e da casa. Aquele em que juntaste queridos amigos, antigos amigos, novos amigos, amigos do coração, amigos de amigos de alguém e amigos. Aquele em que dançaste e viste dançar, cantaste e ouviste tocar, encheste o balão e voltaste a sorrir. Aquele que foi o mais colorido. Oh, Happy Day. Aquele em que jantaste "ah grande" e a sobremesa era especial. Aquele em que juntaste pretos e brancos numa mesa comprida e brindaste com carinho: A Nós, Ao Amor, À Vida. Este foi aquele aniversário em que gostaste de ti e todos gostámos de nós e de todos. Aquele... Aquele que irá fazer com que aniversários menos felizes não importem. 20 de Setembro de 2009 *** Adoro-te * R

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Alive

O problema é das expectativas. Em relação à vida, em relação às experiências, em relação aos dias, enfim, em relação à sorte. Esperamos uma coisa e vem outra. E tempos depois, vem o que desejámos e já não o queremos. Préga-nos, pois, partidas... o tempo. Mas no fim são as mesmas pessoas, as que por nós vão cruzando. E num não-sei-como intermitente, vão ficando... ficando... e fazem-nos felizes com os mais pequenos gestos... Mesmo no meio de tanta inerente desilusão... O sorriso que causa... Alive. Ontem. Hoje. E Amanhã.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi___#4

"De uma forma ou de outra, elas comigo têm sempre prazer." O Negativista, 2009

Crónicas de um Viajante... pela vida dos outros #2

...
"Característico de uma Perturbação da Personalidade, A. é uma pessoa que revela uma clara dificuldade em lidar com a frustração ou com determinados comportamentos e atitudes por parte de outros, sobre os quais, aliás, infere. (...) Estes padrões tendem a ser mantidos por auto-reforço, através de erros de processamento da informação, tais como abstracção selectiva (só repara em aspectos negativos), inferências arbitrárias sobre comportamentos de outras pessoas ou pensamento dicotómico a nível dos seus relacionamentos interpessoais. Apesar de este padrão de funcionamento interpessoal, caracterizado por uma interpretação muito própria da realidade relacionada com a sua necessidade de estar no centro das atenções, estar à partida presente desde cedo na sua vida, o despoletar das dificuldades dá-se numa altura em que A. é confrontada com questões que desconhecia e para as quais não oferece resolução imediata, como seria habitual. (...) Perante situações de frustração, A. tende, então, a responder de forma muito agressiva e desajustada, o que, ao acabar por afastar as pessoas de si, vem confirmar o esquema de que todos acabarão por a abandonar, por um mecanismo de reforço negativo. Assim, A. perpetua algum evitamento emocional, no sentido em que deixou de tentar desenvolver grandes relações de amizade, uma vez que antecipa a sua perda. Perante situações em que os outros não cumpram com as suas expectativas, A. reage ofensivamente, sentindo tudo o que vai contra o seu eu como um ataque, espelhando padrões rígidos de interpretação e percepção de si própria, dos outros e dos acontecimentos, de uma forma estável e egossintónica, funcionando as distorções cognitivas habitualmente presentes como mecanismo de reforço destes comportamentos disfuncionais."
..., 2009

domingo, 2 de agosto de 2009

My Purple Van

A Van. A purple Van. It has a stove, oven included, and a dish washer aside. A one and a half person mattress and 4 small cupboars. You can take a little table off, just as you can do with part of the roof. And you have the mp3 - alright. Two bag beds and the rose beach towel. The peace and love and the The Doors's CD Or an old disco player from your mom.. The sea. The sand. The waves. Moonlight. Full. The stars... The ocean's teaste in your lips. And the candles. A red, a litle white one and a blue. Singing. "Solteiro" or together... Right by side with your old black dog. To remeber "Stoned: «com a mocan»", zwei August zweitausendneun.

As Palavras Que Sempre Te Direi___#3

"Xau adeus até manhã foi ah fartazana." M. H. august dois n d, 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi___#2

"Temos tanta sorte na vida." Foz Alive 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Crónicas de um Viajante... pela vida dos outros #1

...
"X. pode ser caracterizado como alguém que evidencia francas dificuldades em conseguir colocar-se no lugar do outro, estando claramente implícito nas suas afirmações o desejo de que todos pensem da mesma forma que ele, que transpareçam exactamente os mesmo valores e que actuem segundo aquilo que acredita achar que é a sua maneira de agir (“e você vai-me dar razão”; “que eu se vir que estou errado sou capaz de pedir desculpa”), nunca conseguindo perdoar quem o magoa "porque eu não esqueço, mesmo coisas que se passaram há 20 anos, eu não esqueço”. (...) A aparente existência de padrões familiares rígidos de relação e de expressão das emoções, mais fechados, de reduzida partilha e pouco funcionais, parece ter, efectivamente, dificultado o desenvolvimento de competências emocionais, de comunicação e de resolução de problemas mais adaptativas, que lhe permitissem a apreensão, durante a sua vivência, de capacidades de adequação das respostas emocionais. (...) De facto, X. é uma pessoa que, como ele próprio assume, «vive muito as coisas», revelando uma clara dificuldade em lidar com a frustração ou com comportamentos e atitudes por parte de outros que o magoam ou que, simplesmente, considera como errados. É, pois, clara a perpetuação de padrões duradouros de interpretação de si próprio, dos outros e da realidade muitas vezes incongruentes e notavelmente invalidantes ao nível da construção dos seus relacionamentos interpessoais."
..., 2009

Aviso

Dá-se aconselhamento tipo Maria via web. Alguma coisa tenho que fazer... Isso ou continuo na área do cattering.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

As Palavras Que Sempre Te Direi___#1

"Depois de arrotar pede-se «perdão», e não «com licença». No máximo, pedes «com licença» antes. A seguir dizes «perdão»". (H.P., 2008)

As Palavras Que Sempre Te Direi___#0

Alguém me pediu para apontar as coisas que axpexôas dixem. Efectivamente, concordo.

Baby come back...

E se um dia eu pudesse voar pelas montanhas e sonhar.... Se um dia eu quisesse ser realmente diferente dos outros já me tinha posto daqui para fora. Toda a gente ("critica o telemóvel do vizinho"), dizia eu, toda a gente diz que escreve e a era electrónica torna o blog uma quase obrigação. Lembro-me pois, de em tempos, ter criado um, que rapidamente por ali se ficou... Vamos, então, continuá-lo, dada a mudança que brevemente se adjudica, já que "ventilar é, por si só, estruturante". E se ninguém o lê? «Leio eu.»