quarta-feira, 11 de novembro de 2009
As Palavras Que Sempre Te Direi__#7
"(...) O desejo a fitar o desejoso pela ombreira da porta com um desmandibular de gargalhadas incessante. (...)"
Anónimo que só eu conheço, 2009 (adoro-te aos bocadinhos, e por inteiro então...)
Amizade é isto. Também.
(...) "Eu minto e ela sabe que eu minto e que eu sei que ela sabe que eu minto e aceita isso sem zanga nem sarcasmo, verificou o médico. De longe em longe cabe-nos a sorte de topar com uma pessoa assim, que gosta de nós não apesar dos nossos defeitos mas com eles, num amor simultaneamente desapiedado e fraternal, pureza de cristal de rocha, aurora de maio, vermelho de Velasquez." (...)
A. Lobo Antunes, «Memórias de Elefante», 1984
Tenho saudades de te ter mais perto mais vezes. O que vale é que te oiço no carro.
A. Lobo Antunes, «Memórias de Elefante», 1984
Tenho saudades de te ter mais perto mais vezes. O que vale é que te oiço no carro.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
meniu...
2. Salada de alface e canónigos com beringela e maçã verde grelhadas, cobertas de um sublime fio de doce de caricias.
Love myself for having you...
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
meniu...
1. Espetadinhas de perú agridoce serpenteadas em mel e acompanhadas de soufflé de espinafres com um ligeiro toque de Nós.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Partilha
...
E porque não me segues tu assim,
acossador cego e fiel,
pela esperança do que irias receber.
E tanto mais te viria a oferecer...
bem mais até o que um dia seria
o desejo de muito me quereres devolver.
.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Sai-te da boca p'ra fora

Durante muito tempo e até há muito pouco tempo atrás, sempre defendi a Sinceridade.
"Odeio que me mintam", citava eu o harmonioso cliché, "é a pior coisa que me podem fazer".
A Mentira é, de facto, algo muito feio. É um conceito entendido como sinónimo de engano, falsidade, intrujice, ilusão, simulação.
Trata-se pois, à partida, de uma persuasão enganosa deliberada, uma fabulação propositadamente construída com um simples intuito - levar o outro a acreditar em alguma realidade que não a verdadeira.
Bom. Pressupõe, pois, uma intenção, e esta é a palavra chave. Magoar, será a que, de alguma forma, se encontrará implícita.
A Mentira ronda, não obstante, os nossos dias almejando ser, não raras vezes, uma forma de evitar a mágoa desse outro. Adorei te ver. Fica-te bem. Foi um óptimo concerto. Por vezes surge de uma forma mais dissimulada. Prazer. Não te fica mal. Foi giro.
Caricatamente e de uma forma nada antagonista, há quem defenda também que, por vezes, a verdade oculta uma maior mentira, ou engano - digo a verdade porque sou uma pessoa honesta, vertical, nem que tal te lacere vagarosamente as vísceras - ou - digo a verdade porque não quero guardar comigo a responsabilidade da mentira.
Que intenção está, então, subjugada a cada "mentira"?
Existe ainda a Mentira Verdadeira. Essa é prodigiosa e está em todos nós. É a mentira de quem conta a realidade de uma forma diferente, não porque quer enganar, nem sequer porque mente a si próprio, mas porque simplesmente vê essa tal dita realidade cabalmente de uma forma diferente de mim. E essa é um logro contudente, incessante e inocente.
Porque cada um de nós vê e sente, efectivamente, a realidade de uma forma ideossincrática, única e singular. A interpretação é um processo que só a cada um de nós diz respeito e a cada um de nós fará o devido sentido. Amo-te. Nunca fui tão feliz mas não te quero magoar. Sei que me estás a enganar.
Sei que eu é que tenho razão.
O que é a Sinceridade?
Descobri, assim, um novo conceito que me inspira e surpreende nas pessoas mais e mais a cada dia que passa. O Ser Espontâneo. Irritas-me. Estás-me a provocar. Gosto de ti.
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Crónicas de Um Viajante... pela vidas dos outros #3
No Contry for Old Men (Cohen's)
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"A sessão de 25 de Fevereiro [Sessão 6] foi dedicada à reestruturação cognitiva sobre a Morte e aos medos com ela relacionados. Assim, procurou-se incentivar a menor a colocar as suas dúvidas e a questionar algumas das crenças que lhe haviam sido transmitidas (tais como pessoas mortas poderem mover objectos).
A esta altura do acompanhamento, verificou-se que já não existiam sintomas significativos de ansiedade de separação, embora ainda perpetuasse a necessidade de se trabalhar a autonomia e processo de individuação de D.
Não obstante, a mãe referiu que D. andava mais “refilona e respondona” o que, apesar de serem comportamentos a extinguir, reflectiu já uma evolução no processo de construção da sua própria identidade enquanto pessoa diferente da mãe.
Perspectivando-se, nas próximas sessões, trabalhar já a questão dos medos face à morte como parte do processo de prevenção de recaída, esta sessão incluiu ainda um momento de avaliação formal para o despiste de outras áreas problemáticas, com recurso à prova Teste perceptivo de Roberts para Crianças, sobre o qual a jovem aderiu bastante bem."
..., 2009
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
As Palavras Que Sempre Te Direi__#5
"A minha Mãe sempre me disse: quando estiveres entre duas meninas bonitas, deves pedir um desejo!"
J. B-day, 25th july, 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Vazio...
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Chove muito lá fora. Mais ainda na minha mente.
Somam-se os dias que resmungo por nada ter que fazer. Pois não foi isso que desejei? Bom... durante uns tempos. A verdade é que agora voltei e, sem saber se estou para ficar, regressei.
"Não tenho nada para fazer", queixo-me repetidamente.
Porque não... ler? Porque não... escrever? Serei eu assim tão adepta do vazio? Parece por vezes, até, que deixei de sonhar.
Terei eu, então, medo... da realidade que se apronta à minha frente? Ou da proximidade de uma inexistência do irreal, tal forma fugi eu dele (do sonho) como se a desilusão fosse um tumor que ao me assolapar novamente me pudesse... acabar por destruir.
Mas digo-te eu própria tanta vez... Não é por evitar sofrer que sofremos menos. E continuo a não duvidar de tal dito. Mas toma-se o dito por mais que dito e esqueci algo...
Que não evitar não amar para não sofrer, por si só, não é suficiente para amar.
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domingo, 20 de setembro de 2009
Ruafahelha...
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Alive
O problema é das expectativas.
Em relação à vida, em relação às experiências, em relação aos dias, enfim, em relação à sorte. Esperamos uma coisa e vem outra. E tempos depois, vem o que desejámos e já não o queremos.
Préga-nos, pois, partidas... o tempo.
Mas no fim são as mesmas pessoas, as que por nós vão cruzando. E num não-sei-como intermitente, vão ficando... ficando... e fazem-nos felizes com os mais pequenos gestos... Mesmo no meio de tanta inerente desilusão... O sorriso que causa...
Alive. Ontem. Hoje. E Amanhã.
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009
As Palavras Que Sempre Te Direi___#4
"De uma forma ou de outra, elas comigo têm sempre prazer."
O Negativista, 2009
Crónicas de um Viajante... pela vida dos outros #2
...
"Característico de uma Perturbação da Personalidade, A. é uma pessoa que revela uma clara dificuldade em lidar com a frustração ou com determinados comportamentos e atitudes por parte de outros, sobre os quais, aliás, infere.
(...)
Estes padrões tendem a ser mantidos por auto-reforço, através de erros de processamento da informação, tais como abstracção selectiva (só repara em aspectos negativos), inferências arbitrárias sobre comportamentos de outras pessoas ou pensamento dicotómico a nível dos seus relacionamentos interpessoais. Apesar de este padrão de funcionamento interpessoal, caracterizado por uma interpretação muito própria da realidade relacionada com a sua necessidade de estar no centro das atenções, estar à partida presente desde cedo na sua vida, o despoletar das dificuldades dá-se numa altura em que A. é confrontada com questões que desconhecia e para as quais não oferece resolução imediata, como seria habitual.
(...)
Perante situações de frustração, A. tende, então, a responder de forma muito agressiva e desajustada, o que, ao acabar por afastar as pessoas de si, vem confirmar o esquema de que todos acabarão por a abandonar, por um mecanismo de reforço negativo. Assim, A. perpetua algum evitamento emocional, no sentido em que deixou de tentar desenvolver grandes relações de amizade, uma vez que antecipa a sua perda. Perante situações em que os outros não cumpram com as suas expectativas, A. reage ofensivamente, sentindo tudo o que vai contra o seu eu como um ataque, espelhando padrões rígidos de interpretação e percepção de si própria, dos outros e dos acontecimentos, de uma forma estável e egossintónica, funcionando as distorções cognitivas habitualmente presentes como mecanismo de reforço destes comportamentos disfuncionais."
..., 2009
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domingo, 2 de agosto de 2009
My Purple Van

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As Palavras Que Sempre Te Direi___#3
"Xau adeus até manhã foi ah fartazana."
M. H.
august dois n d, 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Crónicas de um Viajante... pela vida dos outros #1
...
"X. pode ser caracterizado como alguém que evidencia francas dificuldades em conseguir colocar-se no lugar do outro, estando claramente implícito nas suas afirmações o desejo de que todos pensem da mesma forma que ele, que transpareçam exactamente os mesmo valores e que actuem segundo aquilo que acredita achar que é a sua maneira de agir (“e você vai-me dar razão”; “que eu se vir que estou errado sou capaz de pedir desculpa”), nunca conseguindo perdoar quem o magoa "porque eu não esqueço, mesmo coisas que se passaram há 20 anos, eu não esqueço”.
(...)
A aparente existência de padrões familiares rígidos de relação e de expressão das emoções, mais fechados, de reduzida partilha e pouco funcionais, parece ter, efectivamente, dificultado o desenvolvimento de competências emocionais, de comunicação e de resolução de problemas mais adaptativas, que lhe permitissem a apreensão, durante a sua vivência, de capacidades de adequação das respostas emocionais.
(...)
De facto, X. é uma pessoa que, como ele próprio assume, «vive muito as coisas», revelando uma clara dificuldade em lidar com a frustração ou com comportamentos e atitudes por parte de outros que o magoam ou que, simplesmente, considera como errados.
É, pois, clara a perpetuação de padrões duradouros de interpretação de si próprio, dos outros e da realidade muitas vezes incongruentes e notavelmente invalidantes ao nível da construção dos seus relacionamentos interpessoais."
..., 2009
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Aviso

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quarta-feira, 22 de julho de 2009
As Palavras Que Sempre Te Direi___#1
"Depois de arrotar pede-se «perdão», e não «com licença».
No máximo, pedes «com licença» antes. A seguir dizes «perdão»".
(H.P., 2008)
As Palavras Que Sempre Te Direi___#0
Alguém me pediu para apontar as coisas que axpexôas dixem.
Efectivamente, concordo.
Baby come back...
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