sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Partilha
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E porque não me segues tu assim,
acossador cego e fiel,
pela esperança do que irias receber.
E tanto mais te viria a oferecer...
bem mais até o que um dia seria
o desejo de muito me quereres devolver.
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Sai-te da boca p'ra fora
Durante muito tempo e até há muito pouco tempo atrás, sempre defendi a Sinceridade.
"Odeio que me mintam", citava eu o harmonioso cliché, "é a pior coisa que me podem fazer".
A Mentira é, de facto, algo muito feio. É um conceito entendido como sinónimo de engano, falsidade, intrujice, ilusão, simulação.
Trata-se pois, à partida, de uma persuasão enganosa deliberada, uma fabulação propositadamente construída com um simples intuito - levar o outro a acreditar em alguma realidade que não a verdadeira.
Bom. Pressupõe, pois, uma intenção, e esta é a palavra chave. Magoar, será a que, de alguma forma, se encontrará implícita.
A Mentira ronda, não obstante, os nossos dias almejando ser, não raras vezes, uma forma de evitar a mágoa desse outro. Adorei te ver. Fica-te bem. Foi um óptimo concerto. Por vezes surge de uma forma mais dissimulada. Prazer. Não te fica mal. Foi giro.
Caricatamente e de uma forma nada antagonista, há quem defenda também que, por vezes, a verdade oculta uma maior mentira, ou engano - digo a verdade porque sou uma pessoa honesta, vertical, nem que tal te lacere vagarosamente as vísceras - ou - digo a verdade porque não quero guardar comigo a responsabilidade da mentira.
Que intenção está, então, subjugada a cada "mentira"?
Existe ainda a Mentira Verdadeira. Essa é prodigiosa e está em todos nós. É a mentira de quem conta a realidade de uma forma diferente, não porque quer enganar, nem sequer porque mente a si próprio, mas porque simplesmente vê essa tal dita realidade cabalmente de uma forma diferente de mim. E essa é um logro contudente, incessante e inocente.
Porque cada um de nós vê e sente, efectivamente, a realidade de uma forma ideossincrática, única e singular. A interpretação é um processo que só a cada um de nós diz respeito e a cada um de nós fará o devido sentido. Amo-te. Nunca fui tão feliz mas não te quero magoar. Sei que me estás a enganar.
Sei que eu é que tenho razão.
O que é a Sinceridade?
Descobri, assim, um novo conceito que me inspira e surpreende nas pessoas mais e mais a cada dia que passa. O Ser Espontâneo. Irritas-me. Estás-me a provocar. Gosto de ti.
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Diário de Bordo: Em busca do vale encantado.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Crónicas de Um Viajante... pela vidas dos outros #3
No Contry for Old Men (Cohen's)
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"A sessão de 25 de Fevereiro [Sessão 6] foi dedicada à reestruturação cognitiva sobre a Morte e aos medos com ela relacionados. Assim, procurou-se incentivar a menor a colocar as suas dúvidas e a questionar algumas das crenças que lhe haviam sido transmitidas (tais como pessoas mortas poderem mover objectos).
A esta altura do acompanhamento, verificou-se que já não existiam sintomas significativos de ansiedade de separação, embora ainda perpetuasse a necessidade de se trabalhar a autonomia e processo de individuação de D.
Não obstante, a mãe referiu que D. andava mais “refilona e respondona” o que, apesar de serem comportamentos a extinguir, reflectiu já uma evolução no processo de construção da sua própria identidade enquanto pessoa diferente da mãe.
Perspectivando-se, nas próximas sessões, trabalhar já a questão dos medos face à morte como parte do processo de prevenção de recaída, esta sessão incluiu ainda um momento de avaliação formal para o despiste de outras áreas problemáticas, com recurso à prova Teste perceptivo de Roberts para Crianças, sobre o qual a jovem aderiu bastante bem."
..., 2009
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Crónicas de um viajante pela vida dos outros
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
As Palavras Que Sempre Te Direi__#5
"A minha Mãe sempre me disse: quando estiveres entre duas meninas bonitas, deves pedir um desejo!"
J. B-day, 25th july, 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Vazio...
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Chove muito lá fora. Mais ainda na minha mente.
Somam-se os dias que resmungo por nada ter que fazer. Pois não foi isso que desejei? Bom... durante uns tempos. A verdade é que agora voltei e, sem saber se estou para ficar, regressei.
"Não tenho nada para fazer", queixo-me repetidamente.
Porque não... ler? Porque não... escrever? Serei eu assim tão adepta do vazio? Parece por vezes, até, que deixei de sonhar.
Terei eu, então, medo... da realidade que se apronta à minha frente? Ou da proximidade de uma inexistência do irreal, tal forma fugi eu dele (do sonho) como se a desilusão fosse um tumor que ao me assolapar novamente me pudesse... acabar por destruir.
Mas digo-te eu própria tanta vez... Não é por evitar sofrer que sofremos menos. E continuo a não duvidar de tal dito. Mas toma-se o dito por mais que dito e esqueci algo...
Que não evitar não amar para não sofrer, por si só, não é suficiente para amar.
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